A vitamina D, produzida pelo sol e alguns alimentos, vem desempenhando um papel muito importante na odontologia através de sua influência direta na saúde bucal. Essa vitamina é apresentada de duas formas: a vitamina D2 de origem vegetal, e a vitamina D3 de origem animal, formada pela pele por meio da absorção de raios ultravioletas B.
A vitamina D3 estimula a absorção de cálcio no intestino, atuando sobre a manutenção do equilíbrio do cálcio e, indiretamente, regulando a mineralização óssea. A forma biologicamente ativa da vitamina D3 é reconhecida como reguladora do equilíbrio entre formação e reabsorção do osso. Além disso, tem sido mostrado que vitamina D atua também como reguladora da imunidade (defesa do organismo). Desta forma, a deficiência e/ou insuficiência de vitamina D estaria relacionada a maior suscetibilidade a infecções bacterianas, como a periodontite. Isso não significa que a deficiência ou insuficiência de vitamina seja causa da perda óssea decorrente da periodontite. Esses desníveis podem apenas piorar o quando inflamatório e/ou aumentar a perda óssea. A causa da doença periodontal continua sendo a placa bacteriana. Pesquisadores tem investigado o efeito da suplementação de vitamina D sobre os resultados do tratamento periodontal e foi possível observar melhora no quadro clínico.
Como a vitamina D está relacionada com o equilíbrio do cálcio, a cicatrização dos implantes dentais pode ser influenciada pelos baixos níveis dessa vitamina. Vale dizer que essa condição não é contraindicação para a colocação de implantes, mas a suplementação da vitamina pode melhorar o processo de cicatrização, levando a maior integração entre implante e osso.
O equilíbrio nos níveis da vitamina D são importantes não só para as condições odontológicas e sim para todo o organismo.
Onde podemos encontrar a vitamina D? Além do sol, podemos encontrar a vitamina em diversos alimentos: salmão, óleo de fígado de peixe, sardinha, ovo, leite, iogurte, e em vários suplementos. A vitamina D é uma fonte de equilíbrio de nutrientes e da distribuição deles em nosso organismo. Tanto a sua deficiência como o seu excesso são prejudiciais à saúde.
Lembrando que deve-se evitar a exposição prolongada ao sol nos horários mais quentes do dia, entre as 12h e às 15h.